A primeira palavra que me ocorre é vulnerabilidade. Se houve algo que aprendemos com esta pandemia mundial é que, independentemente de tudo, somos e estamos vulneráveis. A realidade é que esta nossa fragilidade não é apenas de agora.
Nas últimas décadas, por todo o mundo, a nossa vulnerabilidade tem vindo a aumentar. Os nossos gestos e decisões diárias, como a aceitação da “fast food”, um estilo de vida sedentário, os produtos químicos e a nossa pegada de carbono, o nosso consumismo, estão a tornar-nos uma população não só vulnerável, mas também uma sociedade frágil. E muito.
Temos estado trancados nas nossas casas, pois procuramos a proteção, mas também somos mais suscetíveis a este vírus do qual ainda sabemos tão pouco. Mas apesar do distanciamento social, talvez pela primeira vez não olhámos apenas para o nosso umbigo, mas para um mundo que, se assim o desejar, pode mudar para melhor nos tempos que aí vêm.
O que devemos fazer a partir de agora?
Muita coisa vai mudar e ninguém sabe o que poderá vir a acontecer, mas não devemos deixar as nossas vidas perdidas. Pelo contrário, é o momento de implementar novos comportamentos e hábitos. O momento é agora.
Se há coisa que esta pandemia nos ensinou é que devemos ter medidas sérias que não nos façam desperdiçar este momento. Não devemos deixar que uma economia fragilizada, um sistema de saúde despedaçado, de cansaço e exaustão, e as vidas perdidas, tenha tudo sido em vão. Estas fragilidades e novos desafios vão exigir pensamentos diferentes, vozes, ideias e soluções inovadoras.
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