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Burnout: quando o stress é mais forte do que o corpo

Sentes-te extremamente cansada? Sentes falta de força e motivação mesmo nos tempos livres e nas actividades que gostas de fazer? Há uma ideia errada de que o stress e burnout só acontecem em determinadas profissões e que podem ser facilmente corrigidos com umas boas férias e alguns dias de descanso. E quando já não é suficiente?


A realidade é que a vida moderna dos dias de hoje nos deixa todos expostos à possibilidade de burnout. E o problema é que estamos ocupados a viver a um ritmo alucinante. A exigência de sermos rápidos e eficientes a responder a tarefas profissionais, familiares e ainda arranjar tempo para termos uma alimentação saudável, ir ao ginásio e dormir as oito horas de sono. Todas estas condicionantes vão ser uma ameaça para virmos a sofrer burnout.


#O que é o burnout?

O burnout ou esgotamento é o resultado final de vários factores de stresseprolongados. É quando percebes que não tens mais as reservas de energia e força física para continuar num estado perpétuo de "luta ou fuga". A boa notícia é que há uma longa distância até ao ponto de ruptura final, mas saber reconhecer os primeiros sintomas é o passo vital, por vezes ignorado. Não só nós próprios não temos capacidade de reconhecer os primeiros sinais de alarme, mas também são, tantas vezes, difíceis de serem identificados numa avaliação médica de rotina.


#Cortisol: a hormona do stress

O cortisol é uma hormona esteroide, produzida nas glândulas adrenais (ou supra-renais), responsável por várias funções no nosso corpo, incluindo respostas imunes, a regulação do metabolismo e uma acção anti-inflamatória. Desempenha um papel importante na maneira como o corpo responde ao stress. O equilíbrio dos níveis de cortisol é extremamente importante para a nossa saúde e bem-estar. Os níveis de cortisol são geralmente altos pela manhã, quando acordamos de um período prolongado de sono, com um aumento de, até, cinquenta por cento nos vinte a trinta minutos após o despertar, sendo esta fase conhecida como "resposta de despertar do cortisol". Com o avançar do dia, os nossos níveis de cortisol  começam naturalmente a diminuir de uma forma constante e regular, que é chamada de ritmo diurno, terminando no final da noite. Esta curva permite que o nosso corpo mantenha um padrão de sono regular, com a diminuição do nível de cortisol nos períodos de sono e, em seguida, aumentando de manhã durante a manhã seguinte. Mas os níveis de cortisol não dependem apenas da hora do dia, já que o stress vai interferir na sua regulação, dependendo se este é curto ou mais prolongado. Para 'stressores' de curto prazo como, por exemplo, uma discussão ou um acidente de automóvel, o nosso cortisol vai aumentar naquele período. Mas no caso de factores 'stressores' a longo prazo, como o stress no trabalho ou uma doença, o cortisol vai estar consistentemente elevado em todos os momentos do dia.

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