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O MEU TESTEMUNHO PROLON – Dia #1

Sou médica de Medicina Anti-aging e Medicina Funcional e se acompanho pacientes que desejam aumentar a sua longevidade com qualidade de vida eu procuro o mesmo. Tenho 34 anos e desde a adolescência sempre procurei ter um estilo de vida saudável e por isso hoje faço questão de SER o que recomendo aos meus pacientes.



PORQUE DECIDI FAZER O PROLON?

O Prolon é um protocolo nutricional cientificamente estudado e documentado por isso senti segurança em querer testar. E todos os benefícios que são demonstrados vão de encontro ao que procuro para a minha vida:

- atrasar o processo de envelhecimento

- aumentar os níveis de energia, foco e concentração

- promover a autofagia (eliminação e rejuvenescimento celular) e portanto reduz o número de células doentes ou pré-cancerígenas

- reduzir o risco de doenças neurodegenerativas e oncológicas (quero bloquear a expressão genética que herdei da minha família: Diabetes, neoplasia do cólon, doença de Alzheimer – obrigada avós gosto muito de vocês mas espero não ter herdado estes genes vossos...)

- queria melhorar a minha composição corporal. Com os meus 34 anos sinto-me bem a nível de peso e tonificação muscular mas há gordurinhas que começam a localizar-se e aproveitei para queimar gordura que esteja a mais (e que também me aumenta o risco cardiovascular).

- optei por este programa pois é glúten free e baseia-se no princípio do jejum intermitente, uma das recomendações que considero mais importante se queremos realmente ser saudáveis.

- Gosto de desafios! E este é um desafio que vai ser interessante.

O Prolon é um programa desenvolvido pelo investigador Valter Longo, Diretor do Longevity Institute na University of Southern California e o inventor da tecnologia de nutrição Fasting Mimicking Diet (FMD).



É um programa que quero trazer para Portugal para os meus pacientes e como tal decidi que eu também o ia fazer. Se quiserem saber mais sobre este programa deixo o link e também podem ser o livro "The Longevity Diet" que recomendo.

DIA #1

Hoje começo o primeiro dia do programa Prolon. Confesso que estava muito entusiasmada em começar pois gosto sempre de experimentar as últimas novidades e recomendações na área do anti-aging.



Sou muitas vezes crítica e exigente com os novos produtos que são lançados nesta área uma vez que prezo sempre irmos de encontro a uma abordagem mais natural. O facto de durante 5 dias comer refeições “embaladas” contudo não me fez confusão pois investiguei a origem das matérias primas e o mais incrível é que esta dieta tem várias publicações numa das maiores plataformas de estudos científicos publicados, a Pubmed.

Mas vamos à prática.

Aproveitei para testar este protocolo durante uma semana de feriados, pois era mais fácil gerir a preparação das refeições. Decidi começar numa 4ª feira pois assim terminava o 5º dia num domingo, o que me apareceu adequado à minha rotina habitual.

No dia anterior começam os primeiros desafios. Amigos a convidar para jantar, lanches com as amigas. Não é fácil dizer não. Estamos muito conectados a associarmos as refeições com momentos de convívio social e partilha entre amigos e família e quando começamos com restrições alimentares começam as perguntas e comentários: “Mas estás a fazer dieta porquê? Se és magra porque estás a fazer isso? Essas dietas são todas iguais. Mas não queres provar só um bocadinho? Mas estás tão magrinha! ... etc.

Todas já passámos por isto. Quando começamos a mudar algumas das nossas rotinas somos questionados. Mas manti-me firme e inclusive tive um amigo que disse: “vens jantar na mesma e trazes as tuas dietas”. Vai ser no 3º dia que dizem que supostamente é o mais difícil. Vamos ver se consigo sobreviver.

Falando de hoje, acordei de manhã e decidi vestir uma roupa interior e fotografar o meu corpo de frente, de perfil e atrás. Não vou expor estas fotografias aqui pois prezo muito a minha intimidade e não gosto de me expor nas redes. Mas depois dou-vos feedback da minha evolução no 5º dia.

Apesar de ser magra e ser desportista desde a adolescência, como mulher que sou há sempre coisas que não gostamos no nosso corpo. Por isso fotografei, guardei as fotos bem guardadas e vou avaliar a minha evolução.

Depois das fotografias, pesei-me na minha balança digital. Aqui ficam as minhas medidas: Altura: 1.79m Peso: 56.5kgs; Perímetro de cintura 73cm, Peito 86.5cm; P coxa direita: 53cm, P Coxa esquerda 52cm (pelos vistos somos mesmo assimétricos), Anca 85.5cm e P braço direito 24.5cm.

Tirei várias medidas pois queria mesmo avaliar a minha evolução e disposição da gordura corporal. De acordo com o meu biotipo corporal e perfil hormonal, tenho tendência a acumular gordura ao nível das coxas. Pelo meu perfil genético, hormonal e bioquímico tenho tendência para alterações na insulina (não tivesse na família pai e avô diabéticos) o que me predispõe para acumulação de gordura nos flancos e tenho tendência para hiperestrogenismo, que vai agravando após os 40 anos.

Tenho muita sorte pois tenho uns abdominais bem definidos e não costumo ter aquela gordurinha abdominal que muitas mulheres sofrem para eliminar. Mas também acredito que tudo está relacionado com a alimentação funcional, low carb e glúten free que já faço desde os 25 anos. E claro! Do stress... noto que se não gerirmos o stress o nosso cortisol começa a subir e nada feito!

Como já estou habituada a fazer jejum intermitente, o 1º dia não me custou pois já estou habituada a estar vários períodos sem comer. Acredito que para quem seja a primeira vez pode custar um bocadinho mas acho que vale a pena o esforço.


O KIT - 5 dias de refeições




Então depois de tirar as medidas e registar fui então abrir o Kit. É uma caixa muito gira com várias caixas numeradas de 1 a 5, em que cada dia tem as suas refeições. Temos um programa guia que nos ajuda a saber o que devemos comer. É muito fácil.




No 1º dia, para pequeno almoço, preparei um chá de limão, comi uma barrinha e tomei uma cápsula de óleo de algas (rico em DHA, uma fonte fundamental de Omega 3). Senti-me saciada, mas senti saudades dos meus habituais ovos mexidos. Mas ok.


Depois o almoço até me surpreendeu. Tinha uma saqueta com uma sopa de tomate que preparei com 250ml de água num tacho no fogão. Decidi homogeneizar na centrifuga de smoothies para ficar mais homogéneo. Depois tive direito a umas azeitonas muito saborosas e umas bolachinhas muito estaladiças e saborosas de couve kale. Também me senti saciada. Tive que tomar 1 cápsula de N3-3 que é um multivitamínico com diferentes nutrientes que suponho que seja para assegurar as nossas necessidades de micronutrientes já que estamos a fazer restrições dietéticas. Este multivitamínico é muito completo pois tem aminoácidos essenciais (evita o catabolismo e perda de massa muscular que podem acontecer no jejum), zinco, vitaminas C e E, selénio-metionina (para a saúde da tiróide) e vitaminas B (fundamentais a tudo!).


Lanche: mais uma barrinha L-bar (que estou viciada!) e mais um chá. Como durante a tarde estive a estudar processos de pacientes e a escrever artigos senti-me entretida e não tive fome. Mas confesso que para muitas pessoas a vontade de comer deve começar a apertar pois o lanche é algo bastante simples. Acho que o truque é beber um balde de chá e ocupar a cabeça com outras coisas. Há muitos anos que aprendi a controlar a fome emocional mas acompanho muitas mulheres que sofrem com isto, principalmente na fase pré-menstrual, quando as nossas hormonas estão ao rubro.

Acabei por ao fim do dia ir dar um passeio de bicicleta, pois apesar de não ser recomendado exercício físico intenso, achei que no primeiro dia ainda me sentia com forças e disposição.

Jantar: Jantei cedo por volta das 19h. Mais uma sopa de Minestronee bastante saborosa e para sobremesa uma barrinha Choco-crisp. Para quem não abdica do seu quadradinho de chocolate preto à noite esta barrinha foi um plus. Tive que tomar mais uma cápsula do multivitamínico.

Decidi deitar-me também cedo pois o sono potencia a nossa regulação hormonal e quis aumentar ao máximo as horas de jejum intermitente até ao pequeno-almoço de amanhã (e já agora resistir às tentações da despensa... não é fácil =)

Em resumo:

O QUE GOSTEI:

- as refeições são bastante saborosas, adorei a sopa de tomate. Fiquei com vontade de a comer mais vezes no futuro (adoro sopas). Pode-se comer quente ou fria (parece Gaspacho).

- as barrinhas L-Bar são deliciosas, dá vontade de comer 10! E saciam aquela vontade de comer doces.

- não senti fome e senti-me bem e com energia ao longo do dia.

O QUE NÃO GOSTEI:

- sinceramente nada.

Amanhã, day 2! Dia 2 aqui.

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